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25 de julho, Dia Internacional da Agricultura Familiar, será comemorado por organizações que constroem a agroecologia

Por Carlos Magno M. Morai, do Brasil de Fato

Qualificar a agroecologia como Popular e Camponesa, pode ser redundante e repetitivo, mas, neste caso, muito necessário para falar de uma perspectiva da agroecologia que movimentos sociais, organizações da sociedade civil, camponesas, indígenas, pescadoras, extrativistas e muitos outros grupos vêm construindo dia a dia com seu enfrentamento ao sistema agroalimentar dominante no mundo. Muito mais que um conjunto de práticas agrícolas para produção de alimentos, a agroecologia é política, incluindo os aspectos da soberania alimentar e do direito de camponeses e camponesas por todo o mundo.

“A fome é a expressão biológica de males sociológicos” esta frase de Josué de Castro, grande estudioso e ativista pernambucano que dedicou sua vida a estudar a fome, denuncia as raízes da fome no mundo, expondo que por trás de muitos discursos que justificam a existência dela, há uma intencionalidade política, seja pela concentração de terras, dinheiro, tecnologias e/ou poder político nas mãos de poucos.

Mesmo com toda esta concentração, hoje a agricultura camponesa produz 70% de toda a alimentação humana do planeta, utilizando apenas 25% dos recursos naturais para isto. Enquanto isso, no Brasil, o agronegócio possui apenas 15% dos estabelecimentos agrícolas e concentra 75% das terras, ou seja, “muita gente sem terra e muita terra sem gente”.

Dia 25 de julho é o dia internacional da agricultura familiar, e apesar de todos os esforços que temos feito, não temos muito a comemorar, pois o Brasil, que tinha saído do mapa da Fome em 2014, está prestes a voltar, por isso o Centro de Desenvolvimento Agroecológico  Sabiá, que neste mês de Julho também celebra seus 25 anos, está promovendo o Ocupe Campo & Cidade: não quero mais a fome em meu país, neste dia 25 no Pátio de São Pedro no Centro do Recife. O evento contará com uma grande feira agroecológica com alimentos de todo o estado, demonstrando a grande capacidade que  agricultura camponesa de base agroecológica tem de alimentar a população. Também teremos paineis com debates sobre Soberania Alimentar e Democracia e sobre a Produção de alimentos e a história da fome no Brasil.

Viva a Agroecologia! Viva a Agricultura Familiar! Viva o Centro Sabiá!

*Carlos Magno M. Morais é coordenador técnico-pedagógico do Centro Sabiá

Edição: Monyse Ravenna

(Foto: ASA Brasil)

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