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Ativista de direitos humanos recebeu ameaças após postar charge que denuncia abusos cometidos por policiais/ REPRODUÇÃO/TVT
Ativista de direitos humanos recebeu ameaças após postar charge que denuncia abusos cometidos por policiais/ REPRODUÇÃO/TVT

São Paulo – O analista de movimentos sociais da TVT, Douglas Belchior, criticou ontem (24) a declaração do comando da PM paulista, que em nota afirmou que policiais que praticam atos como os da chacina de Osasco e Barueri são “bandidos que integram temporariamente a instituição.” O comunicado foi uma reação a uma charge recentemente postada pelo advogado Ariel de Castro Alves –mas que circula há pelo menos três anos nas redes sociais – que mostra um policial fardado durante o dia e encapuzado à noite.

Na nota, a PM acusa o advogado, que também é integrante do grupo Tortura Nunca Mais e da coordenação estadual do Movimento Nacional de Direitos Humanos de São Paulo, de cometer injustiça e que estaria fazendo uma “crítica generalizada” à corporação.

Em entrevista ao Seu Jornal, da TVT, Ariel conta que se sente exposto e intimidado, após divulgação da nota em que seu nome e foto foram divulgados. Ele diz que recebeu uma série de ameaças, em seu perfil no Facebook, o que levou a apagar a postagem.

Para Douglas, “não se pode permitir que os defensores de direitos humanos sejam ameaçados”. Ele acrescenta que “quem atua a partir de generalizações é a PM”, enumerando uma série de ações da instituição, em São Paulo e em outros estados. E cita uma recente cartilha com orientações à população sobre segurança pública, em que negros foram genericamente retratados como criminosos.

Douglas afirmou ainda que é prática da PM, nos casos de grande repercussão em que policiais estão envolvidos em atos arbitrários de violência, buscar individualizar a culpa, criar o chamado “bode expiatório”,  para tirar o peso da responsabilidade pelos atos criminosos da instituição e do governo estadual, responsável último pelo comando da polícia.

“A Polícia Militar é que iguala todas as pessoas fora do status quo, as pessoas que não têm patrimônio, as pessoas que moram em periferias e as pessoas negras, de maneira geral, como criminosos. Agem assim na formação, no documento que é distribuído nas comunidades, e na ação violenta da polícia”, afirma Douglas.

Ele menciona o número recorde de homicídios cometidos pela PM paulista, no ano passado, em que 816 pessoas foram mortas, superando os anos de 2006 e 2012, quando havia um conflito aberto com a facção criminosa PCC. Para ele, não resta dúvida que “a Polícia Militar é a grande agente de violência, aqui em São Paulo, e o estado é responsável por isso, o governo do PSDB de (Geraldo) Alckmin é responsável por isso”.

Fonte: Rede Brasil Atual

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