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Por Ivo Poletto, do Fórum MCJS

O serviço informativo ClimaInfo divulgou no dia 21 deste mês uma notícia que desafia, e muito, o nosso país: a China aumentou a sua produção de energia solar fotovoltaica em 18 GW em três meses, entre abril e junho deste ano. No semestre inteiro, foram instalados por lá em torno de 45 GW de energia solar.

Para comparar: no Plano Decenal de Expansão da energia no Brasil, a Empresa de Planejamento Energético prevê que nos próximos cinco anos, até 2021, o crescimento total da capacidade instalada deve alcançar 17 GW. Até 2026, o Plano prevê a instalação de mais 58 GW, um pouco mais do que os chineses instalaram só em placas fotovoltaicas neste primeiro semestre.

É claro que a China tem o desafio de mudar sua matriz de energia por causa de poluição do ar causada pelo uso de muito carvão e diesel para produzir energia elétrica. Mas isso seria desculpa para o Brasil apostar quase nada em energia solar fotovoltaica

É claro que não. Não há outra explicação para o nosso atraso que não seja o domínio das empresas privadas que controlam a energia em nosso país. Para que se perceba como a China avançou rapidamente no domínio da tecnologia solar, basta lembrar que até 2008 ela só tinha instalações para produzir 18 GW, o mesmo tanto que ela agora, em 2017, é capaz de produzir em três meses!

É preciso lembrar que, em nosso país, a política favorece a poucos, impedindo investimentos em inovação em todas a áreas e uma melhor e mais justa distribuição da riqueza. Só a nova política de regularização fundiária na Amazônia assinada pelo presidente ilegítimo Temer causará prejuízos, segundo cálculos da ONG Imazon, de 19 bilhões de reais. E pior, dará bênção às práticas até agora ilegais de grileiros, aumentando a velocidade ao desmatamento da floresta amazônica.

Em outro campo, o aumento dos impostos cobrados sobre os combustíveis, sem mexer em nada a política tributária, que favorece os que ganham bilhões com especulação financeira, joga nas costas de todo o povo o castigo de juntar dinheiro para garantir o pagamento dos juros da dívida pública. Até onde iremos com essa estrutura injusta?

(Programa de Rádio 234 – 24 de julho de 2017) – Ouça aqui!

Fonte: Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social

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