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Mais Médicos: “Precisamos de ação educativa e preventiva”

Por Nana Medeiros

Leia o depoimento de Alexandre Pires, coordenador geral do Centro Sabiá, ONG que trabalha com a promoção da agricultura familiar em pequenos municípios no interior de Pernambuco.

 

 Carência de médicos

Como o Sabiá é uma ONG que atua diretamente no interior do estado, em cidades pequenas de menos 30 mil habitantes em sua maioria, identificamos que de fato existe uma carência muito grande de atendimento médico nesses municípios.

Não é incomum haver apenas um médico de plantão em uma unidade de saúde, sendo que normalmente esse médico é um clínico geral que atende de forma bem genérica e obviamente não dá conta da demanda dos municípios.

Atenção Básica e prevenção

O Programa Saúde da Família foi muito importante, mas prejudicado pela falta de investimento, além de qualificação e ampliação das equipes médicas.

Não podemos apenas levar em conta o tratamento, mas a prevenção também. É preciso levar em conta o contexto social e as práticas alimentares que levam a determinadas enfermidades.

Precisamos de ação educativa e preventiva por parte dos médicos. A ausência dessa atenção básica acaba gerando um conjunto de problemas maiores para a população e um custo muito mais alto para o Estado quando tem que arcar com especialistas.

Negligencia com a população do interior

A dificuldade da população no interior de ter acesso a serviços de saúde leva a uma prática de algumas prefeituras municipais, associadas a parlamentares, de encaminhar os doentes para as grandes cidades, por exemplo, Recife. Uma vez por semana, ônibus que saem do interior levam pessoas com diversas doenças para atendimento nos hospitais da capital. Isso é uma demonstração de que o Estado de modo geral age com negligencia com a população que mora no interior.

Com a população rural essa situação é ainda pior, pois em muitos municípios a sede fica a quilômetros de distância das comunidades rurais e não há um serviço público de transporte que as leve até os hospitais. Não existe uma ação de atendimento médico nessas áreas, quem dirá exames mais específicos ou acidentes que necessitam de especialistas.

A falta de médicos é um desestímulo para as pessoas procurarem o serviço medico no início de uma enfermidade devido ao custo de deslocamento para a capital e dificuldade de marcar consultas, exames etc.

Isso gera dependência da vontade política do gestor publico do município ou vereadores. Ou as pessoas sucumbem e só buscam a ajuda quando não há mais saída e então acabam morrendo.

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