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Índice de agressão a mulheres no Jardim São Luís é 180 vezes maior que no Jardim Paulista, aponta levantamento divulgado pela Rede Nossa São Paulo 

Por Airton Goes, da Rede Nossa São Paulo 

Nova edição do Mapa da Desigualdade da Cidade, divulgada nesta quarta-feira (28) pela Rede Nossa São Paulo, mostra diferenças chocantes entre os melhores e piores distritos da capital paulista.

Um dos dados do estudo revela, por exemplo, que o índice de agressão a mulheres no Jardim São Luís, distrito da periferia na zona sul, é 180 vezes maior que no Jardim Paulista, situado na região nobre da cidade.

No mesmo Jardim Paulista, os moradores vivem, em média, até os 81 anos de idade. Já em Cidade Tiradentes, no fundão da zona leste, a idade média dos moradores ao morrer é de 58 anos, uma diferença de 23 anos.

O estudo mostra que as desigualdades são cumulativas, pois é também o Jardim Paulista que ostenta o menor (e melhor) índice de gravidez na adolescência, pois apenas 0,683% das gestantes do distrito têm menos de 19 anos. Em Parelheiros, no extremo sul da cidade, esse índice sobe para 17% e em Cidade Tiradentes é de 16,26%. A diferença entre o melhor e o pior distrito, que o levantamento chama de “desigualtômetro”, atinge quase 25 vezes.

Outro dado do Mapa da Desigualdade 2018 mostra que uma criança da Pedreira espera, em média, 400 dias para conseguir uma vaga na creche, enquanto na República, o melhor distrito, o tempo é de pouco mais de oito dias.

Em relação ao índice de área verde por habitante, a melhor região é a Subprefeitura de Parelheiros, que ainda preserva uma extensa área de Mata Atlântica: são 505,76 metros quadrados de área verde por habitante.

Por outro lado, na Subprefeitura da Cidade Ademar, a pior de São Paulo nesse quesito, cada morador dispõe, em média, de apenas 0,74 metro quadrado de área verde. A média da capital paulista é de 26,36 m2 por habitante.

Chama também a atenção, no estudo, a quantidade de “zeros” de equipamentos públicos nas regiões mais carentes da cidade. Dos 96 distritos da capital paulista, 52 não têm um centro cultural, casa ou espaço de cultura. Outros 36 não possuem uma única biblioteca infanto-juvenil.

Confira aqui a apresentação do Mapa da Desigualdade.

A nova edição do estudo foi divulgada em um evento público, no auditório da FESPSP – Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, organização que apoia a iniciativa.

Histórico 

Desde 2012, a Rede Nossa São Paulo elabora e divulga anualmente o Mapa da Desigualdade da Cidade, um estudo que apresenta indicadores dos 96 distritos da capital paulista, compara os dados, e revela a distância socioeconômica entre os moradores das melhores e piores regiões.

Trata-se de uma valorosa ferramenta para a gestão e o planejamento municipal, pois pode auxiliar os tomadores de decisão a identificar prioridades, carências e necessidades da população e seus distritos.

(Foto: Divulgação)

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