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Polícia prende manifestantes e intima membros do MPL para depor ‘à força’ em São Paulo

Um professor e um estudante serão encaminhados a um CDP acusados de associação criminosa; 22 ativistas do Passe Livre foram intimados pela quinta vez para comparecerem ao Deic. Grupo se recusou a ir

Do Brasil de Fato

Dois supostos “black blocs” foram presos nesta segunda-feira (23) por porte de artefato explosivo, associação criminosa e incitação à violência. O professor Rafael Marques Lusvarghi e o estudante Fábio Hideki Harano participaram do protesto contra a Copa, em São Paulo, ontem. Os manifestantes foram abordados por policiais civis à paisana, sem nenhum tipo de identificação.

O Grupo de Apoio ao Protesto Popular (Gaap) disse, por meio de nota, que diversas pessoas que presenciaram o momento das detenções afirmaram que Lusvarghi estava sem camisa e que não portava nenhum tipo de artefato, pois estava de vestido.

Já Harano, ainda de acordo com o Gaap, é um manifestante de longa data, conhecido da rua e que nunca se engajou em nenhum tipo de comportamento violento.

Para o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Fernando Grella, a prisão é a “resposta da lei para esses indivíduos”.

“Eles estão presos porque são os primeiros casos de ‘black blocs’ presos em flagrante por incentivar prática de crimes”, disse Grella em entrevista coletiva.

Ambos devem ser transferidos ainda nesta terça-feira (24) a um Centro de Detenção Provisória (CDP).

Depor à força

No mínimo 22 integrantes do Movimento Passe Livre (MPL) serão conduzidos forçadamente pela Polícia Civil para depor sobre atos de violência ocorridos na manifestação do último dia 19. Essa é a quinta vez que os militantes recebem intimações para comparecer ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Os membros do MPL se recusaram a depor, pois alegam que o inquérito é ilegal. O movimento explica que a intimação não busca apurar algum crime específico, “mas sim mapear e guardar informações a respeito dos manifestantes”.

“Entendemos que esse inquérito, além de ilegal, é uma tentativa de criminalização da luta social e uma continuação da sistemática violação de direitos das pessoas que já foram presas ilegalmente. Por isso exigimos seu trancamento imediato, por isso já impetramos um Habeas Corpus, e, mais uma vez, não iremos ao DEIC”, manifestou o movimento por meio de nota.

Já o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Fernando Grella, disse que os ativistas serão ouvidos “sem dúvida nenhuma”.

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