Projeto de Lei 142/2014

No dia 05 de maio foi aprovado por unanimidade, na Câmara de Cascavel, o Projeto de Lei 142/2014, que regulamenta o uso de agrotóxicos e proíbe sua utilização nas proximidades de escolas, Centros Municipais de Educação Infantil, núcleos residenciais e unidades de saúde.

A proposta, de autoria do vereador e professor da Unioeste Paulo Porto (PCdoB), é fruto de um longo debate entre o mandato do parlamentar junto aos educadores, movimentos sociais do campo, 10ª Regional de Saúde do Estado e o Ceatox (Centro de Assistência em Toxicologia) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná.

Paulo considera que esse projeto seja um avanço substancial para o município, pois existem poucas iniciativas no sentido de criar marcos regulatórios em relação à sua utilização dos agrotóxicos e sua população nunca discutiu essa questão na região. Portanto, o papel pedagógico que irá se cumprir é de fundamental importância.

“Hoje, devido ao projeto passou a ser um tema de debate municipal. A lei tem a vantagem de minimizar o efeito, em especial às crianças do campo, e de maneira mais global, levantar o debate que é fundamental para a cidade, mas que até hoje não acontecia”, comentou o vereador.

Porto ainda destacou a importância de realizar espaços nacionais como o seminário organizado pela Campanha. “É fundamental para que a gente consolide esse discurso contra os agrotóxicos e para entendermos o que tem sido de maneira fragmentada em termos de legislação em outros locais do país para fortalecer essa rede”.

O último bloco de seminário discutiu proposta de ações que possam contribuir no avanço desse processo, como criar uma comissão para impulsionar e incentivar a efetivação do Programa Nacional de Redução de Agrotóxicos (Pronara), organizar frente de atuação conjunta entre movimentos sociais, parlamentares e diversas outras entidades nos estados. Além de potencializar a audiência pública sobre o Projeto de Lei 293/2015, de autoria do deputado Valmir Assunção, que cria o controle da produção e consumo de agrotóxicos por meio de vigilância eletrônica e sanitária e está em trâmite na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos deputados.