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Presidente da Câmara é apontado pelas entidades como líder de ofensiva conservadora que põe conquistas e direitos em xeque

por Hylda Cavalcanti, da Rede Brasil Atual

Brasília – Cerca de 4 mil pessoas, entre sindicalistas, representantes de movimentos sociais, estudantes e professores se concentram hoje (13) em frente ao Museu da República, na Esplanada dos Ministérios, em mobilização convocada pela Frente Brasil Popular em defesa da democracia, da Petrobras, e tem como objetivo principal cobrar a saída do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), envolvido em denúncias de desvios de recursos e recebimento de propinas que foram parar em contas secretas, na Suíça.

CUT, MST, UNE, Ubes são algumas das organizações que integram a Frente Brasil Popular presentes na mobilização.

Cunha é apontado ainda como líder da ofensiva conservadora que visa fragilizar conquistas sociais, colocando em risco o direito de trabalhadores, jovens e mulheres. Após a concentração, os manifestantes sairão em marcha até o Congresso Nacional.

Estudantes que não param de chegar, vindos de ao menos nove estados querem a renúncia ou a cassação imediata do deputado pois, segundo eles, o presidente da Câmara representa ameaça aos direitos dos jovens.

“A situação política do país, com a permanência de Cunha, é extremamente decepcionante. É preciso os estudantes se mobilizarem pela sua saída porque está em jogo o futuro da juventude”, afirmou o estudante Paulo Vitor Alves, que veio de Goiás.

Além dos estudantes, as mulheres também se mobilizam contra o presidente da Câmara: “O Cunha hoje é o principal inimigo da juventude e das mulheres. Se não for derrubado pela pressão da juventude, não vai mais, por isso é importante a mobilização”, diz Camila Souza, coordenadora do movimento Primavera das Mulheres.

Florêncio Fonseca, representante da CUT-DF, disse que em meio ao clima de “denuncismo” decorrente das investigações da Operação Lava Jato e a tentativa de criminalização do PT, a mobilização de hoje é fundamental para mostrar quem, de fato, é contra os direitos dos trabalhadores. “É preciso acabar com essa vergonha e mostrar quem são os verdadeiros inimigos do povo”, afirmou.

Um vendedor ambulante, que trabalha em meio aos manifestantes decidiu aderir ao movimento. “Vim aqui para vender água, mas vou participar porque estou indignado. Trabalhei em tudo que é lugar, e acho uma vergonha um deputado acumular milhões fora do país.”

Fonte: Rede Brasil Atual 

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