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Greenpeace instala placas solares em escola estadual na zona leste da cidade. O projeto vai reduzir a conta de luz da escola em 25% e beneficiar mais de mil alunos

Foto: Paulo Pereira
Foto: Paulo Pereira

Hoje os mais de mil alunos e professores da Escola Estadual Oswaldo Aranha, no bairro de Artur Alvim, extrema zona lesta de São Paulo, tiveram companhias ilustres. Enquanto os estudantes estavam em aula, cerca de 15 jovens passavam de mão em mão placas solares que logo subiam para o telhado da escola. Vindo de todos os cantos do Brasil, os jovens conhecidos como Multiplicadores Solares deram início à instalação de 48 placas solares no local. O funcionamento das placas vai permitir uma economia de 25% do gasto da escola com eletricidade.

Além de ajudar botando a mão na massa e nas placas, os Multiplicadores – jovens que foram selecionados e treinados pelo Greenpeace para espalhar conhecimento sobre energia solar por todo o país – ainda realizarão oficinas e gincanas com os alunos para que eles vivenciem e vejam como podem ser beneficiados pelo Sol e como esta fonte pode ser aproveitada para gerar energia, empregos e melhorias no dia a dia da escola, assim como foi feito na Escola Municipal Milton Porto, em Uberlândia, Minas Gerais, em abril. 

“Esta é a segunda instalação de placas solares realizada pelo Greenpeace em uma escola pública. O projeto mostra na prática os benefícios econômicos e sociais da energia solar”, diz Bárbara Rubim, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil. As duas escolas passam a ter parte de seus consumos abastecidos por energia limpa e renovável e economizam em suas contas de luz. Este valor irá para a administração da escola que poderá escolher, junto com seus alunos, a melhor forma de investir em atividades extracurriculares e ainda reforçar a formação dos estudantes.

As instalações foram financiadas por mais de dois mil doadores que contribuíram com o financiamento coletivo, mostrando que as pessoas acreditam no poder transformador da Educação e do Sol. “Há um nítido descompasso entre as mudanças que a sociedade civil quer, desejando mais energia limpa, e as políticas públicas do governo. As instalações nas escolas mostram que, mesmo sem receber os devidos incentivos do governo federal, estadual e municipal, a energia solar é uma realidade e uma solução para diversos dos problemas enfrentados pelo país”, afirma Rubim. “Agora, queremos ver os governantes dedicando à fonte a atenção que ela merece”.

Hoje, um dos maiores entraves para o desenvolvimento da energia solar no Brasil é a forma como ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) incide na eletricidade. Na prática, quem opta por gerar sua própria energia tem cerca de 20% a menos de ganhos do que poderia ter. Quatro estados brasileiros, entre eles São Paulo, optaram por dar aos cidadãos a possibilidade de gerar sua própria energia de forma mais barata, sustentável e democrática. Goiás, Minas Gerais, Pernambuco e São Paulo representam 48% do consumo residencial de eletricidade no Brasil.

“A Escola Oswaldo Aranha já usufruirá do benefício, no entanto a maior parte dos estados brasileiros ainda não optou por este caminho. Queremos que eles também escolham aproveitar o potencial de geração solar e que os exemplos dados pelo Greenpeace sirvam como uma amostra do que poderia existir em todos os cantos do País”, conclui Barbara Rubim.

Fonte: Greenpeace Brasil 

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