Com lema ‘Por nós, por todas nós e pelo Bem Viver’, evento convoca mulheres negras, indígenas, afro-indígenas para pedir o fim do genocídio negro e o fim do feminicídio que afeta majoritariamente mulheres negras
Por Thalyta Martins, do Alma Preta
A Marcha das Mulheres Negras de São Paulo acontece pelo terceiro ano no dia 25 de julho. A reunião começa nesta quarta-feira a partir das 17 horas na Praça Roosevelt em São Paulo.
O objetivo é conversar, ouvir e colocar as pautas das mulheres negras no centro das discussões políticas.
Dia 25 de julho é comemorado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, Dia Nacional da Mulher Negra e Dia Nacional de Teresa de Benguela, mulher negra e importante líder quilombola que viveu no século 18.
O lema é “Por nós, por todas nós e pelo Bem Viver” e a descrição reforça o protagonismo do ato convocando mulheres negras, indígenas, afro-indígenas, as cisgêneras e as trans; as héteras e as lésbicas e bis; as organizadas e as autônomas; as religiosas e as ateias; também as crianças, para as quais terá uma creche, apoio e segurança para as mães.
“A Marcha das Mulheres Negras de SP segue sendo um espaço multipartidário e multi-religioso que se pauta pelo debate necessário sobre as questões de gênero, raça e classe.”
Norteadores
O objetivo da Marcha é o fim do genocídio negro que recai sobre famílias negras e o fim do feminicídio que afeta de modo mais permanente e cruel os corpos que compõe a base da pirâmide social, mulheres negras. O evento resgata Cláudia Ferreira e Luana Barbosa.
“Marcharemos por todas mães que perderam seus filhos e filhas. Marcharemos por Dona Marinete, mãe de Marielle Franco, marcharemos por Bruna, mãe de Marcus Vinícius e por Sueli, mãe de Brenda assassinada em Poá. Marcharemos exigindo justiça para todos esses casos ao denunciarmos o estado racista e machista.”
(Foto: Alma Preta)