Com a participação de diretores da Agenda Pública, mais 90 líderes de diferentes países se reuniram, no Chile, para discutir como promover a participação de diferentes atores sociais no debate sobre as questões ligadas à atividade mineradora na América Latina.
O Fórum Internacional “Mecanismos de participação e consulta em Mineração – Melhorando o diálogo na América Latina”, que aconteceu no escritório regional da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Santiago, e contou com a presença de sindicalistas, políticos, executivos do setor, empresas de mineração, e representantes da sociedade civil e comunidades indígenas de nove países, além da ministra da Mineração do país, Aurora Williams.
“A mineração é uma atividade tradicionalmente associada à concentração de renda e à simples exploração de recursos naturais. Construir um modelo de governança no território baseado no diálogo multistakeholders orientado para uma visão de desenvolvimento fundada na construção de capacidades institucionais, especialmente do setor público e da sociedade civil, é a chave para orientar investimentos estruturantes capazes de reverter essa visão tradicional da atividade mineradora”, afirma Sergio Andrade, diretor executivo da Agenda Pública, explicando a posição da organização durante o encontro.
Durante a abertura do evento, Williams salientou que “o diálogo sobre a mineração deixou de ser um instrumento de licença social para as empresas operarem”, e acrescentou que “hoje temos de ir muito mais longe, reconhecendo o direito das comunidades de influenciar as decisões que lhes dizem respeito.
O evento foi organizado pela Plataforma de Diálogo Mineração e Desenvolvimento Sustentável no Chile, que faz parte do Grupo de Diálogo da América Latina, grupo regional de intercâmbio e trabalho colaborativo, composto por grupos e iniciativas de diálogo sobre a mineração em sete países da América Latina: Argentina, Chile, Brasil, Equador, Colômbia, Peru, Panamá.
Joaquín Villarino, CEO do Conselho de Mineração de Chile, entidade que reúne as grandes empresas produtoras de cobre, ouro e prata do país, disse que a primeira coisa que você tem que fazer em mineração é escutar e dialogar para compreender de que forma as comunidades concebem o progresso, e como a mineração pode ser benéfica para um melhor desenvolvimento destas. “O desafio recíproco é a representação nos processos de diálogo, um elemento indispensável para se chegar a acordos para que as empresas e as comunidades podem ser respeitado”, finalizou.
Fonte: Agenda Pública