A Cáritas Brasileira e o Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social iniciaram em janeiro de 2016 o projeto Fortalecimento de alternativas em áreas vulneráveis aos efeitos negativos das mudanças climáticas no semiárido paraibano, também conhecido como Semiárido Solar. O projeto conta com financiamento da Misereor, entidade ligada à Igreja Católica da Alemanha que apoia iniciativas de desenvolvimento realizadas por outras entidades eclesiais, organizações não-governamentais, cooperativas e demais organizações de base na América Latina, África e Ásia.
Com duração prevista de 30 meses, o Semiárido Solar prevê a implantação de tecnologias sustentáveis de geração de energia em municípios da Paraíba. Inicialmente, estão sendo atendidas pequenas propriedades rurais de três cidades do semiárido: Patos, Pombal e Sousa. Entre as atividades desenvolvidas no projeto, estão a instalação de fogões eficientes e de biodigestores, a eletrificação de cercas para contenção de bovinos, caprinos e ovinos e a montagem de sistemas de bombeamento de água com uso de eletricidade obtida a partir da energia solar, além da conexão do sistema fotovoltaico à rede convencional de energia e da implementação de iluminação pública comleds (diodos emissores de luz) alimentados por meio da energia solar.
O projeto possui três eixos básicos de ação: a incidência política, a instalação de unidades de demonstração e a capacitação. Em relação ao primeiro ponto, está em análise a atual legislação sobre energias renováveis em vigor nos estados nordestinos. Em conjunto com este trabalho, estão sendo articulados diálogos junto às prefeituras, câmaras de vereadores e à sociedade civil organizada (sindicatos, associações de moradores, associações profissionais, entidades empresariais) no sentido de envolvimento dos atores locais na temática das mudanças climáticas e no uso de fontes renováveis de energia, em particular a energia solar, com impacto sobre a formulação de políticas públicas.
Já a instalação de unidades demonstrativas pretende sensibilizar para a importância das tecnologias sociais no enfrentamento das mudanças climáticas. Por fim, estão previstas oficinas de capacitação, cursos de extensão e seminários em atendimento às demandas dos diferentes públicos envolvid0s no projeto. As atividades são apoiadas pelo Comitê de Energia Renovável do Semiárido (Cersa).
Outras informações podem ser obtidas no site do projeto: semiaridosolar.eco.br.
Fonte: Cáritas Brasileira