Uma das reivindicações do povo indígena Tupinambá do sul da Bahia (a recuperação do território tradicionalmente habitado por eles) está prestes a ser visibilizada em formato de curta-metragem. Por meio das pesquisas, lentes e olhares da jornalista e antropóloga, Daniela Alarcon, e da cinegrafista e documentarista, Fernanda Ligabue, o projeto de documentário (clique aqui para assistir) busca doações por meio do site Catarse para edição da produção audiovisual – que contribuirá na pressão contra o Estado para concluir o processo de regularização.
Reunindo depoimentos de indígenas e sequências gravadas em maio de 2014 na aldeia Serra do Padeiro, no interior da Terra Indígena Tupinambá de Olivença, assim como imagens de arquivo, o documentário focalizará a disputa fundiária em curso, recuperando elementos da história de expropriação e resistência dos Tupinambá, que se entrelaça ao avanço da fronteira agrícola, a partir do final do século 19, e à ascensão dos coronéis de cacau.
Os indígenas aguardam há dez anos a conclusão do processo de demarcação de sua terra e vêm tendo seus direitos sistematicamente violados, tanto pelo Estado brasileiro, como por indivíduos e grupos contrários à regularização de seu território.
O filme pretende dar visibilidade ao conflito e contribuir para pressionar o Estado brasileiro para que conclua, com urgência, o processo de demarcação da Terra Indígena Tupinambá de Olivença, garantindo os direitos de índios e não índios. Com a arrecadação, será possível concluir o processo de edição; lançar o filme na aldeia Serra do Padeiro e exibi-lo em outras localidades da região; inscrevê-lo em festivais; enviá-lo para canais de televisão, além de deixá-lo disponível na internet.
A edição do documentário já está em andamento – na primeira etapa, as realizadoras contaram com o apoio da organização Repórter Brasil. O curta já conta com roteiro, gravações e a pesquisa de imagens de arquivo concluídas – um primeiro “esqueleto” do documentário, com 25 minutos de duração.
Para contribuir com a concretização do filme, acesse o site do Catarse.
Fonte: CESE