Projeto de captação de energia solar e eólica permite que moradores/as complementem suas rendas mensais
Do Observatório
Há quase quatro anos, a cidade de Juazeiro, na Bahia, comporta a maior rede de captação de energia solar e eólica em residências do país. Esse modelo de captação energética beneficia mais de três mil famílias de dois conjuntos residenciais do Programa Minha Casa Minha Vida.
A iniciativa é fruto do Projeto de Geração de Renda e Energia em Juazeiro, construído com participação da empresa Brasil Solair, que atua no desenvolvimento de mini e microgeração de energia a partir das fontes eólica e solar.
O processo acontece devido às placas de captação de energia fotovoltaica no telhado de casas e aerogeradores nas áreas livre dos condomínios. Durante o dia, a energia é medida e repassada para a rede de transmissão. À noite, a eletricidade gerada abastece as áreas comuns e o excedente é armazenado para venda. Os/as moradores/as conseguem até complementar suas rendas mensais: a cada R$ 100 de receita gerada pela microusina, R$ 60 ficam com as famílias.
As energias eólica e solar são grandes apostas de fontes renováveis no Brasil, que só tendem a aumentar nos próximos anos. Seus custos podem cair até 59% em 20 anos, de acordo com estimativas da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica). A região do Nordeste tem grande potencial de crescimento da energia eólica e o Projeto de Juazeiro só confirma os números: essa fonte renovável já abastece mais de 30% do Nordeste, segundo a mesma fonte.
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O modelo de geração de energia do Projeto de Juazeiro cumpre o papel de reproduzir práticas alternativas que não impactem o meio ambiente e beneficiem a população local, estabelecendo um modelo de desenvolvimento mais consciente e justo.
O projeto integra o Banco de Práticas Alternativas, desenvolvido pela Abong e pelo Iser Assessoria – Religião, Cidadania e Democracia como parte do projeto Novos paradigmas de desenvolvimento: pensar, propor, difundir.
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