A luta pela igualdade de direitos para casais homoafetivos sofreu um ataque nesta quinta-feira, na Câmara dos Deputados. A Comissão Especial que analisava a proposta do Estatuto da Família (PL 6.583/13) aprovou o parecer do relator, deputado Diego Garcia (PHS-PR), com uma redação que restringe o conceito de família apenas àquelas formadas por um homem e uma mulher, excluindo casais LGBT.
Deputados do PT, PCdoB e PTN, membros da Comissão, tentaram adiar a votação do texto, mas foram derrotados. Agora, segue para o plenário da Câmara e, se aprovado, irá para o Senado e posteriormente para sanção presidencial.
Estatuto da Família é discriminação
Na avaliação de organizações da sociedade civil que lutam pelos direitos da comunidade LGBT, o projeto é discriminatório e fundamentalista. “Este texto é um ataque à cidadania de todos, por privilegiar um tipo de família em detrimento dos outros. Ele exclui, por exemplo, as famílias homoafetivas, os filhos de mães solteiras e as crianças que são criadas pelos avós. Um quarto da população está excluída desse projeto homofóbico e hipócrita, de quem não quer ver a realidade”, disse o secretário da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, à Rede Brasil Atual.
“O projeto desqualifica a comunidade LGBT de forma excludente, patriarcal e preconceituosa. Sou casado com outro homem há 26 anos e pai de três filhos. Me sinto extremamente discriminado e sei que as crianças vão se sentir também”, criticou.
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