No último domingo, 08 de novembro, e na próxima sexta-feira, 13 de novembro, movimentos sociais que integram a campanha “Povo sem medo” e a Frente Brasil Popular estão convocando a população brasileira para mobilizações populares em várias cidades brasileiras exigindo punição do deputado federal Eduardo Cunha [Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB] e sua saída da Presidência da Câmara, o #ForaCunha. Ele é acusado por vários episódios de corrupção, incluindo o depósito de dinheiro público desviado em contas na Suíça. O ato nacional unificado também se posicionará contra o ajuste fiscal aplicado pelo governo federal e pelos governos estaduais.
Cunha também é tido como um dos grandes representantes das atuais políticas conservadoras que estão sendo aprovadas pelos parlamentares brasileiros. Não bastassem as medidas que retiram direitos da classe trabalhadora, juventude, mulheres, negras e negros, LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais] e povos indígenas, o deputado está sendo investigado por corrupção.
O parlamentar tem protagonizado ‘manobras’ para viabilizar votações de textos considerados retrógrados pelos movimentos sociais. Entre eles, os projetos de lei: que regulamenta a terceirização no mercado de trabalho; o que permite o financiamento empresarial de campanhas; e o da redução da maioridade penal. Ele é autor ainda do Projeto de Lei que ironiza a luta LGBTT ao propor a criminalização do que Cunha define como ‘heterofobia’ e do Projeto de Lei que institui o ‘Dia do Orgulho Hetero’. Também é de sua autoria o Projeto de Lei nº 5069, que dificulta a realização de abortos por vítimas de estupro.
Já há provas claras de milhões de dólares em contas na Suíça para completar a galeria de escândalos que o envolve, desde os desvios na Telerj [Companhia de Telefonia do Rio de Janeiro] no governo do ex-presidente Fernando Collor de Melo, no início dos anos 1990. “É um ladrão blindado, por isso ainda não caiu. Não entregaremos nossos direitos em nome de nenhuma governabilidade, e, por isso exigimos nas ruas o Fora Cunha”, assinalam os movimentos.
Além disso, o ato defende “saídas populares” para a crise econômica e política que estamos vivendo: nenhuma saída à direita;o povo não pode pagar pela crise; e a saída é com mais direitos e aprofundamento da democracia.
Já estão confirmados atos em Goiânia [Estado de Goiás], Uberlândia e Belo Horizonte [Minas Gerais], Curitiba [Paraná], Brasília [Distrito Federal], São Paulo, Recife [Pernambuco], Rio de Janeiro e Fortaleza [Ceará].
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Entre os intelectuais, artistas e figuras públicas que apoiam o “Povo sem medo” destacam-se Frei Betto, escritor e frade dominicano; Gregório Duvivier, ator e escritor; André Singer, professor de Ciência Política da USP [Universidade de São Paulo]; Leonardo Sakamoto, jornalista; Laerte Coutinho, cartunista; Vladimir Safatle, professor de Filosofia da USP; Jean Wyllys, deputado federal pelo PSOL [Partido Socialismo e Liberdade – Rio de Janeiro] Leci Brandão, cantora e deputada estadual pelo PCdoB [Partido Comunista do Brasil – São Paulo]; Carlos Latuff, cartunista; Laura Capriglione, jornalista e militante do coletivo Jornalistas Livres, entre outros nomes.
Fonte: Adital