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Em entrevista à Adital, o vice-coordenador nacional da Pastoral Carcerária, padre Gianfranco Graziola, explica quais os motivos que levam o movimento da Igreja Católica a ser contra a privatização do sistema prisional. Os principais motivos são: a privatização é inconstitucional e profundamente imoral e, ao invés de baratear os custos do governo com os presos, a privatização aumenta em até duas vezes esses custos.

Minas Gerais é o estado que mais privatizou o sistema carcerário, nos últimos anos, com um aumento de 620% contra 74% da média nacional. O custo médio de cada preso e de cada presa também aumentou mais de duas vezes em relação ao custo da gestão pública do sistema.

Agentes da Pastoral Carcerária em visita a presídios de São Paulo.

“A solução mais eficaz que poderia ser usada no lugar da privatização e que diminuiria a superlotação nas penitenciarias seria acelerar os processos, principalmente de presos temporários e determinar penas de cunho social” avalia Graziola.

Algumas das ações iniciadas pela Pastoral Carcerária contra a privatização é a realização de seminários de sensibilização e contatos com entidades que também são contra a privatização do sistema prisional. “As penitenciarias privatizadas são uma engrenagem de morte, que atenta contra a dignidade humana, locais inadequados e produtores de violências, maus-tratos e torturas, que desumanizam” afirma Graziola.

“São explícitos também os interesses econômicos e políticos na privatização do sistema carcerário, pois os grupos visão ao lucro e apoiam financeiramente campanhas políticas” completa.

A Pastoral Carcerária se declara oposta a qualquer medida de ampliação do sistema prisional e se posiciona, veementemente, contra a privatização e contra as diversas formas de terceirização do sistema carcerário. “O que colocamos em pauta é uma profunda política de desencarceramento e de redução dos males desumanizadores nas prisões” ressalta Graziola.

“A Pastoral Carcerária reafirma sua posição de lutar contra toda e qualquer forma de expansão do sistema penal, seja qual for sua forma de gestão. Neste sentido, na luta por um mundo sem cárceres, não há como apoiar, gerir ou administrar penas e presídios, uma vez que isto significa fortalecer o mesmo sistema que a Pastoral combate” completa Graziola.

Fonte: Adital 

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