Diversas entidades lançaram notas públicas de apoio à luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra após repressão na Escola Nacional Florestan Fernandes
Por Kaique Santos, do Observatório
Na última sexta-feira (4), as Polícias Civis de Mogi das Cruzes e do Paraná invadiram a sede da Escola Nacional de Florestan Fernandes (ENFF), localizada em Guararema, interior do estado paulista. A escola é do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e serve como espaço de encontros, formações e intercâmbios que contribuem para a ampliação e o fortalecimento da atuação de diversos movimentos sociais.
No sábado, movimentos sociais reuniram-se com cerca de mil pessoas em ato de solidariedade ao MST. A atividade contou com a participação de políticos, parlamentares e sindicatos. Após o ocorrido, diversas organizações da sociedade civil, assim como a ex-presidente da República Dilma Rousseff, se manifestaram por meio de notas públicas contra a ação truculenta da polícia na ENFF.
Segundo a Polícia, a ação fez parte de uma operação contra integrantes do movimento suspeitos de participar de uma organização criminosa. De acordo com o líder do MST, Gilmar Mauro, os policiais chegaram atirando e sem mandato judicial e ainda deixaram dois feridos. Duas pessoas foram detidas. Ele ainda rebateu a nota da Secretaria de Segurança Pública, que informou que “cerca de 200 pessoas que estavam presentes tentaram desarmar os agentes”, ao dizer que ela é fantasiosa.
Confira algumas notas:
> Abong: Na defesa intransigente das liberdades e direitos
> FNDC: Lutar não é crime. Violar a liberdade de expressão, sim!
>Nota da CESE em solidariedade à Escola Nacional Florestan Fernandes-MST
> FASE repudia ataque à escola de formação política do MST
> Dilma:”Não vamos ficar calados diante da banalização da violência do Estado”
> FUP: Ataque à ENFF viola direitos civis
> O movimento de mulheres camponesas repudia a ação da polícia contra o MST
> Nota em solidariedade à ENFF e ao MST