Skip to content Skip to sidebar Skip to footer

A suspensão da chamada ‘lista suja’ do trabalho escravo pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ocorrida em dezembro último, por decisão liminar do presidente da Corte, ministro Ricardo Lewandowski, foi alvo de denúncia nesta sexta-feira, 13 de março, no Conselho de Direitos Humanos da ONU [Organização das Nações Unidas], em Genebra. A portaria que foi suspensa pelo STF impedia a concessão de crédito ou subsídio público a empresas flagradas utilizando mão de obra escrava.

trabalho_escravo
Fim da lista suja, decidida pelo STF, alivia fiscalização sobre empresas que exploram trabalhadores.

Em pronunciamento oral durante a 28ª sessão do Conselho, as organizações Conectas e Repórter Brasil sustentaram que o fim da lista cria um vácuo normativo, permitindo que cerca de 600 empresas e pessoas continuem explorando trabalhadores com recursos públicos.

Leia aqui a íntegra do discurso.

“Aparentemente, uma ação concertada por segmentos da indústria, frequentemente incluídos na lista, foi bem sucedida, pela porta dos fundos, em obter alívio temporário”, afirmaram.

As entidades também solicitaram uma visita ao Brasil da relatora especial para Formas Contemporâneas de Escravidão, Urmila Bhoola, a fim de avaliar o impacto da decisão do STF no combate ao trabalho escravo.

“A decisão de Lewandowski acabou com uma ‘lista suja’, mas isso não significa que outras não possam ser elaboradas”, afirma Marcel Gomes, da Repórter Brasil. “As empresas e o governo não podem ficar de braços cruzados. As empresas têm o dever de criarem mecanismos internos para impedirem o beneficiamento de companhias e pessoas que se valem de mão de obra escrava”.

Através de um pedido de informações, a Repórter Brasil obteve do Ministério do Trabalho e Emprego uma relação de empregadores autuados e julgados por trabalho análogo à escravidão entre 2012 e 2014. A nova ‘lista suja’ pode ser acessada aqui.

Fonte: Adital

What's your reaction?
0Sorrindo0Lol0Ual0Amei0Triste0Bravo

Deixe um comentário

Acesse o banco de Práticas Alternativas

Conheça experiências reais que unem a justiça social, radicalização da democracia e harmonia com o meio ambiente

Encontre o Observatório nas redes sociais
Assine e acompanhe o Observatório da Sociedade Civil

    Realização

    Apoio

    Apoio

    Apoio

    Apoio

    Copyright © 2024. Todos os direitos reservados à Abong.