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Presidente da CUT anuncia pauta unificada de trabalhadores e movimentos para ato do dia 16: contra o impeachment de Dilma, pela saída de Eduardo Cunha e por mudanças na política econômica.

Por Helder Lima da Rede Brasil Atual

São Paulo – As forças políticas do campo progressista, representantes do trabalhadores e dos movimentos sociais, anunciaram hoje (9) que realizam um ato unificado na próxima quarta-feira (16) para levantar as bandeiras contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, pela substituição de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na presidência da Câmara e pela mudança imediata da política econômica do ajuste fiscal.

“Esta é a maior unidade da esquerda desde o impeachment de Fernando Collor de Mello”, afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas, referindo-se ao processo quem em 1992 derrubou o presidente do país por envolvimento em corrupção. “A unidade se dá em torno de três itens e demonstra o amadurecimento da esquerda”, disse Freitas, para quem os três problemas deixam o país sem condição de enfrentar a crise econômica.

“Não há motivo jurídico para o impeachment, é uma cortina de fumaça e um ato capitaneado pelos conservadores; os mesmos que querem o impeachment, querem acabar com a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e compactuam com a morte de jovens negros pelo país afora – são os mesmos que propõem o retrocesso”, defendeu o presidente da CUT. Sobre Cunha, Freitas destacou que “não é possível conviver com um presidente sobre quem pesam tantas acusações, como as contas na Suíça e as manobras dentro da Câmara”.

O ato do dia 16 terá concentração no vão livre do Masp, na avenida Paulista, e de lá sairá em caminhada até a Praça da República, no centro de São Paulo. Segundo o membro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Gilmar Mauro, além da agenda do dia 16 em São Paulo serão realizados atos concomitantemente pelo país.

“Estamos conclamando não só as esquerdas, mas todos que têm consciência”, afirmou. Mauro também ressalta a unidade da esquerda em torno dos três pontos anunciados pela CUT. “Temos muitas diferenças entre os movimentos. No entanto, nos unificamos nesta pauta”, afirmou. “Vamos para as ruas porque a democracia, ainda frágil, foi conquistada com sangue de muita gente.” Ele também diz que além de combater a política econômica, é preciso ensejar um processo de mobilização por reformas estruturais, como a reforma tributária e a reforma política.

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