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Com uma programação diversificada – repleta de plenárias, conferências, debates e oficinas – o 9º Congresso GIFE, que será realizado de 30 de março a 1 de abril em São Paulo (SP), pretende reunir mais de 800 profissionais, entre as principais lideranças de investidores sociais do país, assim como dirigentes de organizações da sociedade civil, acadêmicos, consultores e representantes de governos.

Todas as atividades estão sendo elaboradas a partir do tema central que irá nortear o Congresso: “o sentido público do investimento social privado”. A ideia é refletir sobre as relações contemporâneas entre público e privado a partir da atuação dos institutos e fundações envolvidos com o campo do investimento social. Afinal, essa relação está no cerne do conceito do ISP: o uso de recursos privados para ações de interesse público.

“Queremos reafirmar que não importa se são recursos privados, mas todo o trabalho que é feito tem que ter um sentido público. Neste momento o debate é fundamental, principalmente quando discutimos, por exemplo, a aproximação do investimento social ao negócio. É fácil o ISP perder isso de vista e se tornar um instrumento para pensar a relação da empresa com a sociedade, menos do que a contribuição pública direta que define o que é o investimento social. Por outro lado, temos também o reconhecimento de que o investimento social não pode ser dissociado das políticas públicas. É quase inevitável então considerar essa relação público-privado quando se pretende ter mais escala e gerar impacto”, comenta Andre Degenszajn, secretário-geral do GIFE.

Andre destaca ainda que estas questões não estão isoladas dos grandes e atuais debates do Brasil, como o combate à corrupção, o financiamento de campanhas políticas por empresas, as reformas política e fiscal, entre outros, que discutem a influência do privado sobre o público. “Nesse sentido, há oportunidades de avanços em mudanças regulatórias, iniciativas de autorregulação e nos esforços de controle social sobre o Estado e as políticas públicas. Ao reconhecer que institutos e fundações podem exercer influência sobre atores públicos e privados, seu potencial de contribuição vai além dos projetos e programas a que se dedicam”, enfatiza.

Programação

A partir da conexão entre os diversos temas que serão debatidos ao longo dos três dias do Congresso, o evento pretende ajudar os participantes a construir uma visão sobre o atual momento vivido pelo país, o papel do ISP neste cenário e quais as perspectivas para o futuro.

Por isso, o evento terá início com uma plenária de abertura com o tema: “O Brasil que temos, o Brasil que queremos”. Neste espaço, serão convidados três especialistas de diferentes áreas de atuação para pautar aspectos importantes a respeito da política, justiça e sociedade sobre a conjuntura atual. Além disso, outras lideranças empresariais também apresentarão suas visões sobre o contexto do Brasil atual.

O debate inicial dará os primeiros insumos para que o público possa discutir os demais temas das atividades, culminando com a plenária de encerramento que irá refletir sobre: “O Brasil que podemos”.

Nestes dias, estarão presentes especialistas relevantes do campo, como Darren Walker, presidente da Fundação Ford, uma das maiores instituições filantrópicas do mundo, que fará uma conferência especial sobre “o papel da filantropia na redução das desigualdades”. Em recenteartigo publicado no “The New York Times”, por exemplo, Darren Walker, defendeu a ideia de que não basta retribuir à sociedade, mas é preciso combater as causas estruturais das desigualdades.

Outras discussões relevantes para o campo do ISP e que trazem aspectos dessa relação público-privado também estarão presentes no Congresso, como o alinhamento entre investimento social e negócio; as parcerias entre investidores sociais; os arranjos multisetoriais de implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS); as visões sobre o campo filantrópico e o seu modelo tributário e regulatório; entre outros.

O evento contará ainda com o lançamento de publicações – como o Painel de Transparência e Indicadores de Governança, e pesquisa a respeito do alinhamento do ISP ao negócio -, além de seções de filmes, com a apresentação do documentário “Começo da Vida”, seguido de debate , assim como as diversas atividades que irão compor a programação aberta, com iniciativas promovidas pelos associados e parceiros no espaço do Congresso e abertas ao público em geral.

Semana especial

Uma das principais novidades desta edição do Congresso será a realização da Semana do Investimento Social Privado – de 28 de março a 01 de abril, garantindo assim, além da programação oficial do Congresso, uma série de outras iniciativas ao longo do período, espalhadas pelo país, propostas e promovidas por associados, parceiros ou organizações que trabalham o tema do investimento social.

A ideia é seguir os moldes de outros eventos, como a Virada Sustentável, por exemplo, ampliando as discussões sobre investimento social de maneira descentralizada. ​ Para isso, os interessados em realizar uma atividade alinhada à Semana, podem acessar o site, ler o manual e encaminhar suaficha de inscrição. Podem ser palestras, seminários, rodas de conversa, encontros, oficinas, exposições, apresentações teatrais, shows musicais, entre outras.

“Queremos fazer uma grande onda e levar esse movimento sobre o investimento social privado para todos os cantos do país, fortalecendo as iniciativas”, comenta o secretário-geral do GIFE.

Inscrições

Os interessados em participar das atividades podem acessar o site do Congresso e fazer sua inscrição (clique aqui), que está com desconto até o dia 19 de fevereiro. Outras informações podem ser solicitadas pelo e-mail: congresso@gife.org.br.

Fonte: Gife

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