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“Reforma agrária não se faz com promessa, se faz com trabalho e recurso financeiro para desapropriação”, diz coordenador nacional do movimento

Em protesto, integrantes do MST ocuparam prédio do Ministério da Fazenda, em Brasília, em agosto/ MARCELO CAMARGO/ AGÊNCIA BRASIL
Em protesto, integrantes do MST ocuparam prédio do Ministério da Fazenda, em Brasília, em agosto/ MARCELO CAMARGO/ AGÊNCIA BRASIL

São Paulo – O novo plano da reforma agrária, encaminhado na quinta-feira (10) pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, para a presidenta Dilma Rousseff, chega com atraso de quase um ano e com menos verba para o assentamento de famílias, segundo o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O plano tem como proposta central assentar, até o final de 2018, as 120 mil famílias que vivem acampadas no país.

“A presidenta havia se comprometido a apresentar o plano em dezembro de 2014. Vai fazer quase um ano e as famílias continuam acampadas. Temos a informação que ela já tem o plano em mãos, mas ainda não o anunciou. Estamos aguardando em uma jornada de luta, porque não dá mais para esperar”, disso o coordenador nacional do MST, Alexandre Conceição.

O assentamento das 120 mil famílias, prevista no plano, diz respeito ao número de famílias acampadas ligadas ao MST, em todo o país. Se somar as pessoas ligadas a outros movimentos sociais, o total vai para 129 mil famílias, segundo dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Outra crítica do movimento é o corte de verba para o Ministério do Desenvolvimento Agrário, que segundo o MST chegou a 64%. “Com esse recurso não dá para cumprir as metas do plano. Reforma agrária não se faz com promessa, se faz com trabalho e recurso financeiro para desapropriação”, diz o dirigente.

Além do plano, ele defende que o governo acelere o anúncio do Minha Casa, Minha Vida 3 para a zona rural. “De um ano para cá, as casas deixaram de ser construídas pelo Incra e as residências dos assentamentos têm que passar pela burocracia da Caixa Econômica Federal e do Ministério das Cidades, que não entende do campo”, critica.

Para pressionar o anúncio do novo plano, os militantes do MST terão um calendário de lutas para outubro, em conjunto com outros movimentos sociais, como os movimentos da juventude e de agricultores familiares. “Os sem-terra vão estar integrados na luta contra o ajuste fiscal e em defesa da reforma agrária, como um programa de desenvolvimento econômico, e não de assistência social.”

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, a agricultura familiar responde por 70% de um total de 16,5 milhões de postos de trabalho rural e representa 33% do valor bruto da produção agropecuária.

Fonte: Rede Brasil Atual 

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