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Movimentos se encontraram com presidenta após Dia Nacional de Mobilização, que reuniu cerca de 50 mil pessoas em diversas cidades do país, nesta quarta-feira (16).

Por Brasil de Fato.

Representantes de mais de 60 movimentos que compõem a Frente Brasil Popular (FBP) se reuniram com a presidenta Dilma Rousseff, na manhã desta quinta-feira (17), em Brasília (DF), para apresentar propostas, reivindicações e compartilhar opiniões sobre o contexto político do país.

Segundo a FBP, a plataforma política levada à presidenta foi o apoio na luta contra o impeachment, considerado pelos movimento como “golpe em curso”; a defesa da cassação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que, de acordo com as entidades, representa “grandes retrocessos do último período”; e o fim do ajuste fiscal do ministro Joaquim Levy, “responsável pela perda de direitos trabalhistas e sociais”.

Sinais

Os representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) defenderam a necessidade de alterações na política econômica para que os direitos e conquistas dos trabalhadores e trabalhadoras sejam mantidos. “Nós estamos fazendo a nossa parte, mas esperamos que o governo faça o dele, sinalizando mudanças para o povo”, salienta João Pedro Stedile, do MST.

Analú Faria, da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), reforçou o compromisso dos movimentos com a defesa da estabilidade institucional. “Não aceitamos a forma como o impeachment foi instaurado por Cunha, que não tem condições morais para permanecer na Câmara. Não aceitamos o golpe, mas também queremos mudanças: a política econômica tem prejudicado a vida das trabalhadoras e dos trabalhadores”.

Avaliação

Faria também avaliou positivamente a reunião com a presidenta e destacou a importância dos atos realizados na quarta-feira (16), que reuniu cerca de 50 mil pessoas por todo o país. “Não tivemos tempo de avaliar [coletivamente]. Consideramos positivo o diálogo. Estamos todos impactados positivamente pela mobilização de ontem. Barrar o impeachment deixará os movimentos mais fortes”, afirmou. Além dos integrantes das organizações, estavam presentes personalidades como Leonardo Boff, Chico César, Tico Santa Cruz e Luiz Carlos Barreto.

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