Precisamos nos perguntar, por que aumentam as ameaças de falta de água? E uma vez descoberta as causas, precisamos colocar urgentemente em prática ações que as enfrentem. Ouça o programa de rádio do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social
Por Ivo Lesbaupin*, do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social
Voltaram as notícias sobre ameaças de falta de água. Não só para quem cultiva a terra, como também para milhões de pessoas que vivem em grandes cidades. Se isso acontecer em São Paulo, por exemplo, como serão socorridas as pessoas que vivem em casas ou em prédios com muitos apartamentos? Com carros pipas? Buscando água em lugares distantes? É evidente que esse tipo de socorro será quase inútil e não havendo alternativa mais eficaz, a tragédia se avizinha.
Precisamos, por isso, nos perguntar, por que aumentam as ameaças de falta de água? E uma vez descoberta as causas, precisamos colocar urgentemente em prática ações que as enfrentem. Tem gente que não gosta dessa pergunta como, por exemplo, os grandes empresários do agronegócio. Eles estão costumados a gastar mais de 70% da água doce usada por seres humanos, com sistemas de irrigação que desperdiçam muita água. Mas há povos que gostam da pergunta, pois vivem com as florestas e as preservam por serem verdadeiras bombas d’água, já que guardam umidade, aumentam a formação de nuvens, rios voadores e ajudam a manter os ciclos da água.
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*Ivo Poletto é sociólogo e membro do Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social