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Evento comemora o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha e lembra a figura da líder quilombola Tereza de Benguela

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No ano passado, cerca de 30 mil acompanharam a Marcha das Mulheres Negras em Brasília/ Reprodução

São Paulo – Para combater o racismo, o machismo e a violência, a Marcha das Mulheres Negras de São Paulo sai às ruas da capital paulista hoje (25) reunindo ONGs e coletivos que lutam por igualdade racial e pelos direitos das mulheres.

A iniciativa celebra o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, instituído em 1992 no 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, que teve como proposta dar visibilidade à luta de mulheres negras no continente.

Integram a marcha grupos como Aurora Negra, Uneafro, Coletivo NegraSô, Geledés Instituto da Mulher Negra, Círculo Palmerino, Núcleo de Consciência Negra da USP, Marcha Mundial das Mulheres, Frente de Mulheres Imigrantes e refugiadas, além de coletivos de juventude, partidos (PCdoB, Psol, PT) e sindicatos.

Além das pautas mencionadas, elas também protestam contra retrocessos na questão da igualdade racial promovidos pelo governo interino de Michel Temer, que retirou status de ministério da Secretária Especial de Política de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), agora alocada com menor autonomia no Ministério da Justiça. As mulheres negras também lutam por liberdade sexual e contra lesbofobia.

Essa edição da Marcha das Mulheres Negras também presta homenagem à Tereza de Benguela, que liderava o quilombo Quariterê, no Mato Grosso, em meados do século 18.

O debate é sobre como superar divergências ideológicas, partidárias, geracionais e de gênero na busca por unidade em defesa dos direitos das mulheres negras. “Estar em marcha é estar em movimento, é tomar o espaço público, é lembrar que os nossos passos vêm de longe, é resgatar a nossa humanidade dilacerada pelo patriarcado e racismo. Mulheres Negras”, diz a convocatória da Marcha que conta com o interesse e adesão de 5 mil pessoas no Facebook.

A Marcha das Mulheres Negras vai se concentrar na Praça Roosevelt, no centro de São Paulo, com saída marcada às 17h, com destino ao Largo do Paissandu. As mães que quiserem participar contam com creche na Rua Bento Freitas, 71.

Em entrevista à Rádio Brasil Atual nesta manhã (25), a secretária adjunta de Políticas para as Mulheres da prefeitura de São Paulo, Dulce Xavier, também comentou a importância do Dia Internacional da Mulher Negra.

Para ela, “a questão racial faz uma dupla opressão sobre as mulheres negras”. Ela lembra estudo do Dieese que aponta que a mulher negra tem rendimentos médios equivalentes a 44,3% dos ganhos auferidos por um homem branco. “Se as mulheres, em geral, já têm um salário menor em relação ao dos homens, as mulheres negras têm salário menor ainda”, afirma a secretária.

Fonte: Rede Brasil Atual 

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