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RIO — Os resultados obtidos por fundos independentes e fundações no financiamento de projetos voltados para a promoção dos direitos humanos estão no foco das discussões do 1º Encontro Internacional da Rede de Fundos Independentes para a Justiça Social, que acontece na sede da Firjan. Participam dos debates especialistas estrangeiros e brasileiros que trocam experiências e refletem sobre os caminhos da filantropia no Brasil e no mundo. Durante o evento, que termina nesta sexta-feira, foram destacados trabalhos apoiados pela Rede, criada em 2012.

Outro objetivo do encontro é ampliar o alcance das ações dos fundos independentes e das fundações comunitárias brasileiros, que atuam diretamente para mudar a realidade de pessoas e comunidades. Para isso, serão discutidas e traçadas estratégias voltadas para o aumento da comunidade de doadores.

Está prevista a participação de todas as organizações da Rede de Fundos Independentes, composta por seis fundos e quatro fundações comunitárias. São entidades doadoras de recursos e que direcionam suas ações a organizações para direitos humanos, igualdade e justiça social. Embora a Rede tenha sido criada recentemente, na última década, os membros da entidade apoiaram mais de 11 mil projetos em diferentes regiões no Brasil e na América Latina.

— O encontro quer também dar visibilidade para o trabalho dos Fundos Independentes e mostrar como estes representam e influenciam uma nova cultura filantrópica no Brasil — explica a coordenadora da Rede, Cindy Lessa.

Coordenadora executiva do Fundo Brasil de Direitos Humanos, Ana Valéria Araújo ressalta que o evento não pretende focar em uma filantropia preocupada apenas em aliviar os sintomas de injustiça:

— Vamos nos atentar às formas de trabalhar na raiz dos problemas. Isto é filantropia de justiça social. Esse é o trabalho que os fundos e as fundações que integram a Rede fazem no Brasil.

O Fundo Brasil funciona como ponte entre as organizações e os investidores, captando recursos e selecionando os projetos de maior impacto em todo o país por meio de uma seleção rigorosa. Este ano, o fundo vai destinar R$ 800 mil, doados por pessoas físicas e fundações internacionais, a 21 projetos selecionados por meio do edital anual “Combate à violência institucional e à discriminação”. Cada iniciativa receberá até R$ 40 mil.

No Rio, foram selecionados os projetos “Jovens Negros: Incidência política se faz também com celulares”, do Fórum da Juventude do Rio de Janeiro; “O enfrentamento à violência de Estado por familiares de vítimas: solidariedade, mobilização política e direitos humanos”, da Rede de Comunidades e Movimento contra Violência; e “Terreiro Legal: o povo de santo conhecendo e garantindo seus direitos”, do Centro de Estudos Afro-Brasileiros Ironildes Rodrigues.

Assessor político do Fórum da Juventude do Rio, Fransérgio Goulart lembra que o coletivo já tinha sido premiado pelo Fundo Brasil em 2013, com o projeto “Militarização das favelas: o impacto na vida dos jovens negros”.

— O fundo nos dá total autonomia para tocar aquilo em que acreditamos. E esse recurso vai nos permitir potencializar e qualificar o enfrentamento à violência institucional — avalia Goulart.

APOIO A 277 PROJETOS

De acordo com Ana Valéria, o Fundo Brasil tem dois objetivos principais: dar voz e visibilidade a organizações locais de defesa de direitos humanos e desenvolver um novo modelo de doações para promover o investimento social privado. Desde 2007, o fundo já destinou um total de R$ 11,7 milhões a 277 projetos nas cinco regiões do país, por meio de editais anuais. O fundo faz o acompanhamento dos projetos apoiados e das atividades de monitoramento.

Fonte: Rede de Fundos

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