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Ato aconteceu em frente ao antigo prédio do Dops do Rio de Janeiro, centro de repressão política e tortura.

O Movimento Ocupa Dops realizou no sábado (27) um ato público em frente ao antigo prédio do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) para marcar o Dia Internacional de Combate à Tortura. O evento prestou homenagem a Inês Etienne e Estrella Bohadana, militantes de esquerda vítimas da tortura do Estado durante o período da ditadura militar mortas neste ano – em 27 de abril e 11 de maio, respectivamente.

Prédio do Dops | Crédito: Tânia Rego/Agência Brasil
Prédio do Dops | Crédito: Tânia Rego/Agência Brasil

O evento iniciou as 16h e contou com uma série de atividades, como o Sarau do Cárcere, a exibição do filme “Ser Tão Cinzento”, de Henrique Dantas, debate com o diretor de cinema Silvio Tendler, esquetes Teatrais de atores da Escola Martins Pena.

O Ocupa Dops consiste em uma campanha pela transformação do prédio do que  pertenceu ao Dops-RJ em espaço de Memória da Resistência e reúne entidades e ativistas defensores dos direitos humanos. O edifício, que se localiza no Centro da cidade do Rio de Janeiro, na esquina da Rua da Relação com a Rua dos Inválidos, consta no relatório final da Comissão Nacional da Verdade como um local em que diversas violações de direitos humanos foram perpetradas pelo Estado.

O movimento propõe que o espaço se converta numa referência de direitos humanos e que abrigue acervos e atividades relacionados ao direito à memória, verdade e justiça.  Caso a iniciativa seja vitoriosa, a ideia é que os projetos para a concepção do espaço deverão ser escolhidos a partir de um concurso público, com a supervisão do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-RJ).

O edifício tem sido reconhecido pelo seu valor histórico e artístico, e já foi tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac). Atualmente, entretanto, em mau estado de conservação, com muitos documentos em deterioração. O Ocupa Dops reivindica que a administração do edifício, atualmente feita pela Polícia Civil, seja transmitida à Secretaria Estadual de Cultura. Uma reunião para tratar desse assunto com os respectivos órgãos estava agendada para esta segunda-feira (29).

O prédio

Inaugurado em 1910, o edifício foi construído para sediar a Repartição Central de Polícia, abrigando ao longo dos anos distintas polícias políticas responsáveis por reprimir setores sociais que supostamente pudessem comprometer a “ordem pública”, entre eles sambistas, capoeiristas e adeptos das religiões afrobrasileiras. Já entre 1962 e 1985, funcionou neste prédio o Departamento de Ordem Política e Social do Rio de Janeiro (Dops-RJ), um dos principais órgãos de perseguição política, tortura, morte e desaparecimento forçado de pessoas durante a ditadura civil-militar, tornando-se um dos principais símbolos dos anos de chumbo na cidade do Rio de Janeiro.

A íntgra do manifesto está disponível aqui.

Fonte: Brasil de Fato

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