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Nós mulheres feministas da Articulação de Mulheres Brasileiras, uma organização anti-patriarcal, anticapitalista e antirracista, manifestamos toda solidariedade a luta do povo Gamella, ao mesmo tempo que repudiamos a brutalidade do ataque de 30 de abril perpetrado por pistoleiros, a serviço do latifúndio grileiro, que atacaram covardemente os indígenas sem que estes pudessem confrontar seus algozes ou deles defender-se. Igualmente denunciamos a omissão do estado brasileiro que não respondeu às denúncias de risco de massacre previamente apresentadas pelo povo Gamella.

Desde a ocupação e colonização no Brasil, os povos originários são alvo dos algozes da Coroa e, depois, da nossa própria República. Violados, usurpados, pelo estado, pela religião, pelo latifúndio, por grileiros, pelo agronegócio, grandes empresas. Denunciamos o racismo, o capitalismo, ambos têm se alimentado do sangue, da vida dos povos originários, destruindo seus modos de vida, se apropriando das riquezas naturais dos territórios indígenas, queimando indígenas em praça pública, matando crianças, reprimindo violentamente as manifestações pacificadas dos povos!

O povo Gamella tem encampado luta pela retomada de seu território, na região da Baixada Maranhense, território expropriado pelos colonizadores e grilado pelo latifúndio apoiados por grupos políticos e setores conservadores de igreja evangélica.  Essa ação criminosa deu-se em represália a este ato legitimo do povo Gamella de retomar parte de seu território, região utilizada pelas famílias para se alimentar. Região onde os açaizais estão agora com cerca elétrica.

O ataque dos pistoleiros deixou três indígenas gravemente feridos, com tiros na cabeça e peito e cortes pelo corpo, pulsos cortados na evidente intenção de decepar mãos e pés e de matá-los, além de vários espancados (as), mulheres, crianças, anciões. Solidarizamos na dor do povo Gamella,

Todo repulsa ao genocídio indígena!

Somos todas povo Gamella.

Justiça já!

#Nãomexamcompovosindigenaselesnãoandamsó.

(Foto: Rosimeire Diniz – Cimi-MA)

Fonte: Articulação de Mulheres Brasileiras

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