A ação, que foi criada há dois anos em Santa Catarina, já recuperou 228 hectares de áreas localizadas em propriedades rurais e integra o Banco de Práticas Alternativas
Do Observatório
O Projeto Araucária é uma estratégia para minimizar os efeitos do desmatamento e das mudanças climáticas por meio do plantio de árvores, recuperação de áreas degradadas e conservação de florestas. Criado em 2013, depois de dois anos de existência sua atuação se tornou mais abrangente: além da conservação e recuperação de florestas, também promove a valorização dos/as pequenos/as agricultores/as e o envolvimento familiar – através de seminários, visitas e reuniões.
A experiência faz parte do Banco de Práticas Alternativas, iniciativa da Abong e do Iser Assessoria que busca dar visibilidade a projetos práticas que apontem para um novo modo de viver que conjugue justiça social, radicalização da democracia e a convivência harmoniosa com o meio ambiente.
O projeto executado pela Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi) atua em 13 municípios de Santa Catarina, sendo seis situados na região do Alto Vale do Itajaí e sete na região Oeste. Através desta ação já foram recuperados e/ou conservados 228 hectares de áreas localizadas em propriedades rurais.
Entre 2014 e 2015, o índice de desmatamento da Mata Atlântica foi de 18.433 hectares (ha), ou 184 Km². Isso significa um aumento de 1% em relação ao período anterior. Os dados são do “Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, no período de 2014 a 2015”. De 1985 até o ano de 2015, os números baixaram muito, mas não o suficiente para as áreas florestais deixarem de correr riscos.
Durante o mapeamento das extensões a serem trabalhadas, levou-se em consideração, principalmente, Áreas de Preservação Permanente (APPs), Reserva Legal (RL) e áreas passíveis de recuperação. Em seguida, a partir destas extensões, visitas foram feitas às propriedades cadastradas para levar informações sobre o projeto e discutir com as famílias quais os próximos passos. Além de orientar os/as agricultores/as sobre a adequação a legislação vigente.
Nestes dois anos de atuação do projeto, foram cadastradas e visitadas 270 propriedades de agricultores/as familiares que se disponibilizaram a plantar as mudas de árvores nativas para conservação e recuperação do solo e dos recursos hídricos. A equipe técnica deu orientações e acompanhou os/as agricultores/as durante todos os processos. Além de trabalhar diversos temas com as famílias como: reconversão produtiva de áreas, recuperação de áreas degradadas e conservação de florestas e áreas naturais.