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Rede social ‘política’ quer democracia com interação entre cidadãos e eleitos

O projeto EuParticipo tem ferramentas em que os parlamentares podem expor propostas e os usuários podem votar

São Paulo – A rede social EuParticipo, criada em agosto do ano passado por jovens do Ceará, é uma plataforma digital de interação direta com parlamentares e pretende criar mecanismos de diálogo com prefeitos e governadores. O principal objetivo é promover a democracia participativa pela internet e explicar como funciona a relação de poderes no sistema político. A rede não entra em disputas partidárias, apenas busca difundir o debate entre os cidadãos e os políticos.

O sociólogo Marcelo Castro é um dos fundadores do projeto e explica que a rede tem dez etapas, três delas já estão no ar: Parlamentar, Comunidades e Eleições Virtuais. Na primeira, o usuário pode interagir diretamente com os políticos que entrarem. “Na etapa Parlamento, uma das perguntas é sobre o comportamento dos parlamentares e, nisso, a gente barra na questão da cultura política”, diz.

Além de explicar qual a função do parlamentar, a rede canaliza propostas, exposição de intenções de lei, projetos de lei que já estão tramitando, discursos, denúncias, requerimentos, emendas, audiência públicas e homenagens. Em todas essas ferramentas, o usuário pode votar, criticar ou elogiar.

O portal faz campanha no Catarse para ampliar as ferramentas de interação
O portal faz campanha no Catarse para ampliar as ferramentas de interação

Marcelo pontua que a intenção da rede é priorizar o tutorial, explicando as diferentes funções dos políticos e permitir que, a partir disso, o cidadão possa criar questionamentos. As outra sete etapas incluem interação direta também com prefeitos e governadores. Para entrarem no ar, dependem da campanha que o EuParticpo realiza no Catarse, plataforma para financiamento coletivo de projetos, que começou dia 26 de outubro e se encerra no dia 8 de dezembro.

O sociólogo diz que conseguir desenvolver e manter a rede é a principal dificuldade de um projeto sem fins lucrativos. O grupo é formado por 14 pessoas, na maioria, sociólogos, e nenhum deles tem especialidade como programador. Por isso, é necessário contratar empresas que possam desenvolver um portal, que está entre os objetivos do grupo.

A ideia de criar o EuParticipo surgiu antes das Jornadas de Junho de 2013, quando Marcelo realizou estudo sobre as mobilizações que ocorriam no Egito, Espanha e Turquia, desde 2010. Em alguns desses países, plataformas semelhantes já existem. Com a intensidade dos protestos de junho em diversos estados brasileiros, o projeto foi impulsionado e lançado em agosto do ano passado.

“As pessoas estão muito desinformadas. Nosso foco é a democracia direta. Não temos a ilusão de que todo o Congresso vai participar da rede, mas vamos impulsionar a interação”, afirma Marcelo.

O sociólogo conta que o deputado estadual do Ceará Renato Roseno (Psol) disse, durante a campanha eleitoral que, caso eleito, gostaria de participar da rede. “A maioria dos parlamentares que participam são de esquerda, sobretudo do PT. Em segundo lugar, está o PSDB”, acrescenta.

Fonte: Rede Brasil Atual

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